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sábado, 28 de maio de 2011

Comida de Alma




“Aveia da grossa
Aveia da fina
Aveia me faça
Ficar pequenina”

Sim, ficar pequenina, ficar novamente menina... pra comer mingau
O mingau de aveia, de maizena ou fubá em prato fundo, a canela salpicada em cima deixando seu aroma entranhar na nossa alma.
Mingau é uma das minhas “comidas de alma”.
"Comida de alma é aquela que consola, que escorre garganta abaixo quase sem precisar ser mastigada, na hora de dor, de depressão, de tristeza pequena."(Nina Horta)

E também na hora de pura alegria, de pura preguiça, quando a gente quer se encolher debaixo de um cobertor, deitar no sofá e ficar só cismando, sem pensamento concreto...
Dá segurança, enche o estômago, conforta a alma, lembra a infância, o colo da mãe, as histórias contadas por ela.
É pão com manteiga mergulhado no café com leite, o leite quente tomado em caneca de ágata, o arroz doce, a banana cozida na casca, as gelatinas, o pudim de leite.
A comida de alma, de preferência, deve ser bebida aos goles ou tomada de colher, deve escorregar sem precisar mastigar.

E você? Qual é a sua comida de alma?



Os versinhos são uma adaptação dos versos de uma história que a minha mãe contava: eram as palavras mágicas da menina, personagem principal, para ficar bem pequena, do tamanho de uma formiga.
O original é: Areia da grossa / Areia da fina / Areia me faça / Ficar pequenina.

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9 comentários:

  1. Uma ternura este seu post, linda, uma ternura.

    Infelizmente, não tenho comidas de alma ( exceptuando um miminho inventado por mim)pois também não tive mãe que me amasse.

    Assino, porque Anónima foi a única maneira de deixar comentários.

    Um bom domingo.

    São

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  2. Ah! Você se emociona lá, eu me emociono cá...
    Assim, parece que ficamos "quites" rsrs
    Dos versinhos, me lembro muito bem. São muitas
    as comidas "de alma", de que gosto. Mas nenhuma
    é igual à "cangica" de milho verde (que muda de nome, alhures). Mamãe fazia como ninguém. O milho era ralado, expremido o caldo, com pouca água e leite de côco, açucar, pitada de sal...indo ao fogo e mexido até cozinhar bem.
    Potso o mingau em tigelas, salpicar canela em pó.
    Ao esfriar, come-se de colher. Deve estar de tal forma, que pode-se até cortar...humm !!!
    É um regalo,da alma...
    Bom domingo
    Cheiro

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  3. Querida amiga, lendo seu belo post voltei a ser criança. Tenha uma linda semana. Beijocas.
    Se tiver um tempinho de uma passadinha no meu novo blog.
    http://worldgeoblog-marilu.blogspot.com

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  4. Linda postagem, Estela !!!!!!!!!! A minha é pudim de leite CONDENSADO...

    Beijoooooooo

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Gostei tanto do teu texto que fiz uma colinha e publiquei no meu Facebook.
    Sinto pena por minha filha não gostar de mingau. Na verdade, ela nunca gostou...mesmo qdo ainda bebê. Então raramente faço essa delicinha. Mas agora com esse friozinho acho que farei pra mim...rs. Pra minha alminha! kkkkkkkk...
    Obrigada Estela, por esse momento, por essa saudade. Porque essas coisinhas tão simples, nos remetem a tanta coisa... e quantas!?
    Saudade da minha mãezinha, que fazia mingauzinho pra mim e pro meu pai, com tanto gosto...
    Muitos beijos de luz pra você ♥

    Passa lá no face pra ver a colinha, tá...rs

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  7. Afff que lindo post Estela.. a minha comida da alma são tantas, mas para citar uma o peixe que minha mãe fazia era divino. Saudade, saudade!!

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  8. Adorei a história misturada com poesia! Comida de alma?! Curioso! Toda a que a minha mãe fazia e que ne deixou as receitas mas...que nunca fica com o mesmo sabor!!
    Oiço falar tanto de mingau mas, afinal como se faz?
    Sei os ingredientes e...o resto? Venha daí a receita!
    Tenho estado ausente...a perda minha amiga brasileira -Ranata Farias- me deitou abaixo!
    Voltei para estar com as minhas amigas preferidas1
    Beijocas, minha querida!
    Graça

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  9. Any,Adorei vc tem razão: comida de alma é aquela em que rapidinho nos aquecem o corpo e a alma... bela história!

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