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domingo, 25 de junho de 2017

domingo, 11 de junho de 2017

Livro: O lápis do carpinteiro


Bom de ler!

O Lápis do Carpinteiro - é uma história de amor cheia de ternura e humanidade, vivida em plena Guerra Civil Espanhola, narrada em uma linguagem poética, que ameniza os horrores vividos pelos protagonistas.


“O romance de Rivas “é uma grande história de amor, melancolia e liberdade”, segundo seu próprio autor. E acrescenta: “é uma história de amor que se sobrepõe à destruição, uma história de liberdade que se sobrepõe à suspensão das consciências e uma história de lucidez que se sobrepõe à alienação.”


Um trecho do livro: página 77
Tio Nan

(...) Para Herbal, Nan era um ser estranho. No pomar havia uma macieira coberta de musgo branco, o preferido dos melros. Era assim, entre os de sua família, aquele tio-avô carpinteiro. Naquela aldeia, a velhice estava sempre espreitando. Repentinamente, mostrava os dentes numa esquina sombria, enlutava as mulheres num canto de névoa, mudava as vozes com um gole de aguardente e enrugava a pele na passagem de um inverno.
Mas a velhice não transpassara Nan. Caiu sobre ele, cobriu-o de cabelos brancos e de pelos brancos que se encrespavam no peito e vestiam seus braços como o musgo veste os galhos da macieira, mas a pele amarelava, lustrosa, como o cerne do pinheiro nacional, os dentes reluziam brilhantes pelo bom humor, e além do mais andava sempre com aquele adorno vermelho na orelha. O lápis do carpinteiro. Na oficina de Nan nunca fazia frio. O chão era um leito macio de ripas. O aroma da serragem matava a umidade. (...)


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sábado, 10 de junho de 2017

Chita bonita


Vesti meus cabides com chita para as roupas não escorregarem...





Chita bonita


A chita é um tecido cheio de flores coloridas que mais parece um jardim. Tem flores de vários tamanhos, de todas as cores e sempre muito alegres.
A chita nasceu na Índia medieval, terra cheia de mistérios e sedução, acho que por isso ela é tão encantadora. Os portugueses quando lá estiveram, se encantaram e levou a chita para Portugal.
Pouco depois do descobrimento, lá pelos anos 1800, os portugueses trouxeram a chita para o Brasil.  Foi a alegria das mulheres, que começaram a fazer lindos vestidos, enchendo as ruas das cores alegres da chita. Mas por ser um tecido muito barato,o morim, só ganhou popularidade entre as mulheres mais pobres. As mulheres mais ricas preferiam a seda, tecido mais nobre que as diferenciavam das demais.
Com o passar do tempo ela foi sendo fabricada aqui mesmo no Brasil, ganhando simpatia, conquistando a todos com seu colorido. A chita continua simples e bonita, mas ganhou uma conotação mais chic.
Hoje ela é muito apreciada, tanto em peças de roupas, como em acessórios, decoração e artesanatos.
Quando as flores são pequenas, dizemos que é “chitinha”, de flores grandes é “chitão”. Mas é tudo a mesma chita, tecido de algodão em trama frouxa e engomadinha, o morim. Só é chita se for morim. Se alguém fizer essa estampa sobre outro suporte que não seja morim, certamente a referência do novo tecido será “estampa de chitão”.

A chita é como uma mulher bonita, despenteada e de pés no chão.



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