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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cinco anos e onze dias...


Feliz Aniversário "Guardados e Achados"

É certo que ele anda meio devagar, bem caidinho, cabisbaixo, mas nem por isso esquecido...
E remexendo nos meus guardados, nas minhas gavetas, encontrei este "Balanço de Aniversário" que escrevi tempos atrás, mas que sempre está atual... pois o tempo passa sempre.

Pelos cinco anos e onze dias do blog:
Balanço de Aniversário

Olho pela janela para contemplar o mundo. O céu está nublado e o um vento leve passeia por entre as árvores.
Aqui e lá fora, a vida nada tem de artifícios ou de perdida, é real, impaciente, ardente de desejos, e consiste em estar viva.
Tudo o que a gente vive vai sendo guardado num baú mágico e imenso – a nossa memória – e a gente vai mergulhando numa viagem pelo tempo, alcançando o momento num claro labirinto, desfrutando a alegria de nele estar presente. E as lembranças vão escorrendo, se derramando...
Uma rua tranqüila com crianças brincando, cachorros latindo, gatos nos muros e pessoas passando. A casa com o portão sempre aberto, escancarado para a vida; o jardim, com sol ou com chuva com seus canteiros floridos de rosas e margaridas. De dia o cheiro das rosas, dentro da noite o embriagante cheiro da dama-da-noite e o suave aroma do jasmim...
Era uma vida feita de horas eternas... Nuvens de carneirinhos, bolhas de sabão, pipas, bolas de gude...
Toalhas bordadas em ponto de cruz forrando a mesa para o lanche, às três da tarde. Mingau de aveia Quarker, broinhas de coco, bolo de milho...
Histórias à beira da cama, e uma mulher nos olhando, sorrindo...
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Sabe quando a gente fica imaginando como as coisas serão?
O tempo vai passando, se esticando. E de repente chega um momento em que se toma consciência do que a gente é, do que viveu.
E saber que valeu a pena.
Aceitar naturalmente as perdas, conquistando maior paz, sentir-se mais consciente, mais verdadeira, inteira, mais sensível ao real.
E saber-se capaz de aceitar as mudanças do corpo, as gordurinhas extras, as estrias do “estica-encolhe”, e saber se orgulhar delas, pois são marcas da vida.
Aprendi, hoje sei, a tornar mágico o momento. Descer, subir... vencer batalhas, mesmo as perdendo.
E saber que, na verdade, tempo haverá para muitas outras coisas: tempo para o amor, tempo para os amigos e tempo ainda para uma centena de indecisões.
E saber-se fonte de pura energia, capaz de olhar para frente, para o futuro, batalhar para alcançar a vida, renascer a cada dia, e amar sempre.

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 E que o "Guardados e Achados suspire ainda por muito tempo...



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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sobre guardados...


Até pelo nome deste meu blog, me identifiquei com este texto,
 que retirei do livro que estou lendo,

"O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo.


Um livro que recomendo sem restrições.


Parte de uma história simples, de uma família portuguesa, 
que chega no Brasil no início do século passado e se estende por três gerações. 


Escrito numa linguagem poética, com muita delicadeza e cheio de sutilezas.
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Apenas detalhes...







Fotos tiradas no Rio de Janeiro 
Bairro das Laranjeiras
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