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segunda-feira, 28 de março de 2011

Uma tarde com Dulce



Depois de uns dias de "molho", por causa de uma herpes que atacou Dulce, nós a encontramos muito bem disposta. Conversamos muito, e como sempre, ela nos contou mais algumas de suas histórias e, já recuperada mostrou o trabalho de crochet que acabara de fazer. O telefone tocou e, ela muito feliz, ao reconhecer a voz de uma grande amiga. As margaridas que recebera de uma sobrinha-neta enfeitava a mesinha de centro.



Entregamos o cartão e a lembrancinha que a Jacque mandou pra ela, e muito emocionada pediu pra agradecer essa delicadeza.



Ela nos mostrou o diploma de quando completou o curso primário, em 1935, quando estava com seus quinze anos de idade. E também o de sua Primeira Comunhão, em 1932, com 12 anos.



Dulce foi professora de catecismo e nos mostrou além do certificado de Catequista (aos quarenta e sete anos), também as fotos das crianças que passaram pelos seus ensinamentos.
No canto inferior, ela aparece entre duas alunas.



Agora, a hora tão docemente esperada: o lanche



Com destaque para os biscoitinhos recheados, comprados na feira, especialmente pra me agradar, pois ela sabe que são os meus preferidos...


CLICANDO DUAS VEZES NAS FOTOS, ELAS FICAM BEM AMPLIADAS.
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sábado, 26 de março de 2011

O casamento dos Duendes


Acabei de chegar de um casamento lá na Terra de Duendes.
Está sendo uma festa lindíssima, noivo e noiva apaixonadíssimos...
A noiva está linda no seu lindo traje com flores e pérolas... e os olhos de ambos brilham de felicidade.

Infelizmente não pude deixar o meu abraço e desejar felicidades ao jovem casal, pois não consigo entrar nos comentários. Em qualquer ponto que eu dê um clique abre em um blog completamente estranho. Não sei porque está acontecendo isso, e parece que é só comigo, pois tem muitos convidados que conseguiram entrar nos comentários.

Deixo então, aqui os meus votos de Felicidade e peço que me desculpem por não abraçá-los pessoalmente.

PARABÉNS AOS NOIVOS!!!

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Mulheres de Lilith


Sebastiana coava café muito bem /desde menina aprendeu o mantra
com sua mãe Florisminda
os grãos eram escolhidos na feira / em um ritual de sabedoria
iam para o tacho de barro / misturados ao açúcar /e mexidos com colher de pau
no fogo a lenha
passavam a tarde incensando a redondeza / e de quando em vez/ uma criança da casa
roubava um pouco de grão caramelado
quando no ponto / eram levados ao pilão para tritura / e peneirados na peneira de metal
um a um os grãos viravam pó / e se concentravam na lata de café

o café era coado na hora
3 colheres de sopa para um litro de água
Coador de pano e bule de ágata verde
Para servir
Canecas de ágata azuis

Maria côa café muito bem / desde moça aprendeu o ritual / com sua mãe sebastiana
Escolhe o melhor café do mercado / e armazena em um pote de vidro
Para não perder cheiro nem sabor

o café é coado na hora
3 colheres de sopa para um litro de água
Coador de papel e bule de alumínio
Garrafa térmica lavada e nova
Para servir
Xícaras de louça brancas

Estela côa café muito bem / soube do ritual / por sua mãe maria e de histórias velhas
De uma certa bisavó florisminda

o café é coado na hora
3 colheres de sopa para um litro de água
Cafeteira elétrica italiana
Filtro e aquecedor automático
Para servir
Xícaras de cerâmica laranjas

Grace faz café muito bem
Leu as instruções no vidro de café solúvel
E lembra pouco as recomendações da mãe estela

O café é feito na hora
3 colheres pequenas de pó
E 10 gotas de adoçante

Prepara-o no copo descartável antes de correr para a faculdade
E enfrentar o mestrado de história



Do livro: Mulheres de Lilith de Cida Pedrosa

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domingo, 20 de março de 2011

Consultório sentimental

Se o teu amor te deixou,
Não perca tempo em chorar...


Para solucionar casos de amor nada melhor que alguém para ouvir e dar uma ajudinha, não é mesmo?
Não é preciso procurar muito para encontrar alguém, é só ficar atento aos classificados espalhados pelos muros da cidade.


... e depois do caso solucionado... fica essa dica também.



Fotos dos muros do Rio.

Quer ver mais fotos do Rio de Janeiro? Entre por AQUI.

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E para o Dia do Blogueiro, quero oferecer este selinho a todos vocês, amigos blogueiros.



Eu ganhei este selinho da Jacque.

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quinta-feira, 17 de março de 2011

Leve com você


Selinho que ganhei da Jacque, que agora é meu e de você também.
Leve com você!

sábado, 12 de março de 2011

Palavras


Palavras são flores e punhais. Fazem bem aos outros e a nós quando as usamos com sabedoria e cautela. Ditas com raiva, ironia ou maldade, abrem feridas fundas, cujo sangue se espalha e acaba também por nos atingir. É sábio o homem que usa as palavras como se o mundo fosse um jardim e nunca um campo de batalha.


Théo Drummond (Palavras de Observante)

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Mulheres


Mulheres são perfumes,
Estrelas encantadas
Que tiram o sossego dos homens
Com tanta e tranquila
Beleza...

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domingo, 6 de março de 2011

Mulheres e Carnaval


Abre alas (Chiquinha Gonzaga)

Ô abre alas que eu quero passar
Ô abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ô abre alas que eu quero passar
Ô abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

- Chiquinha Gonzaga não foi apenas uma mulher a frente de seu tempo. Ao lado de Ernesto Nazareth, tornou-se o principal nome da música popular no Brasil na virada do século (19 para 20). Autora de polcas, valsas, tangos e modinhas, fez ainda na virada do século, a marcha de carnaval “Ô abre alas”, de grande sucesso e cantado até os dias de hoje.

- D. Ivone Lara quebra um tabu: seu samba enredo “Cinco bailes na história do Rio” é o primeiro de uma mulher a ser escolhido por uma escola, a Império Serrano, em 1965.

Os Cinco Bailes da Historia Do Rio

Carnaval, doce ilusão
Dê-me um pouco de magia
De perfume e fantasia
E também de sedução
Quero sentir nas asas do infinito
Minha imaginação
Eu e meu amigo Orfeu
Sedentos de orgia e desvario
Cantaremos em sonho
Os cinco bailes da história do Rio

Quando a cidade completava
Vinte anos de existência
O nosso povo dançou
Em seguida era promovida a capital
A corte festejou
Iluminado estava o salão
Na noite da coroação
Ali no esplendor da alegria
A burguesia fez sua aclamação
Vibrando de emoção
O luxo, a riqueza imperou com imponência
A beleza fez presença
Comemorando a Independência

Ao erguer a minha taça
Com euforia
Brindei aquela linda valsa
Já no amanhecer do dia
A suntuosidade me acenava
E alegremente sorria
Algo acontecia
Era o fim da monarquia
Lá rá rá lá rá rá rá rá



O bonde era o meio de transporte mais popular do Rio antigo e estava sempre presente nos carnavais. Em 1937 apareceu esta marchinha, de autoria de J. Cascata e Leonel Azevedo, gravada por Odete Amaral:

"Não pago o bonde, iaiá
Não pago o bonde, ioiô
Não pago o bonde que eu conheço o condutor.
Quando estou na brincadeira
Não pago o bonde nem que seja por favor.
Não pago o bonde
Porque não posso pagar
O meu é muito pouco
E não chega p’ra gastar
Moro na rua das casas
Daquele lado de lá
Tem uma porta e uma janela
Mande a Light me cobrar

Por sua bonita voz, Odete Amaral era sempre convidada a cantar no teatro da escola, além de festas de aniversário. Sua irmã, que muito a admirava, levou-a à Rádio Guanabara para que fizesse um teste. Fez a prova acompanhada pelo pianista Felisberto Martins, cantando Minha embaixada chegou, de Assis Valente. Com o sucesso do teste, a cantora foi logo escalada para participar do programa "Suburbano", onde também se apresentavam Sílvio Caldas, Marília Batista, Noel Rosa, Almirante, Aurora e Carmen Miranda, entre outros.




Outras cantoras de rádio que sempre deram brilho e voz aos carnavais foram
Marlene, Emilinha e Ângela Maria que marcaram a era do rádio como as cantoras mais populares e queridas da Rádio Nacional e chegaram a ser capas de revistas mais de 50 vezes (cada uma).

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