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terça-feira, 22 de maio de 2018

O pão doce...





Na minha infância, em Nova Iguaçu, lá pelos anos 1960, todos os dias, por volta das três horas da tarde, o padeiro passava com seu triciclo cheio de guloseimas. Ao ouvir as buzinadas, eu era a primeira a chegar ao portão. Ele já estava esperando, pois lá em casa era freguesia certa. Além das tradicionais bisnagas de pão francês, ele também trazia pães doces, broinhas de coco e de milho.
Como eu gostava daquelas broinhas de coco! Elas vinham agarradinhas e com floquinhos de coco e açúcar por cima. As de milho também eram deliciosas, polvilhadas com a própria farinha de milho e açúcar. Tinha também o “pão vita”, um pãozinho de forma macio e delicioso.
Dentre os pães doces, os meus preferidos eram os recheados com canela e açúcar, de feitio todo enroladinho, que a gente ia desenrolando e mordiscando devagar para melhor saborear.

Hoje, passando na padaria não resisti aos olhares deste pão doce (foto), que apesar de não ser de canela, tem o mesmo feitio enroladinho daqueles da minha infância.
Meu café da tarde foi recheado com lembranças...


Obs.: Ainda nos dias atuais, um padeiro continua passando por lá, no mesmo horário, virou tradição.

(Estela Siqueira)

domingo, 6 de maio de 2018

Os girassóis



Chego à plataforma da estação e escolho um banco para sentar.
Enquanto espero o trem, a plataforma parte com grande velocidade. Seguro nos braços do banco para não cair.
A paisagem vai passando, voando como pássaros.
Uma viagem a céu aberto, com o vento batendo no rosto, brincando com meus cabelos.
Árvores enfileiradas, fios da luz elétrica, postes com as lâmpadas acesas. Uma rua estreita com casas coloridas. A praça da igrejinha azul, com bancos e árvores desfolhadas. Um canteiro de lírios, que apontam com suas pétalas, um caminho de terra batida, ladeado de plantas rasteirinhas.
No fim do caminho, uma pedra grande e arredondada. Da pedra brotam flores imensas, amarelas que a cobrem como se fossem um manto, pintado com as tintas de Van Gogh.
Girassóis – imensos girassóis.
Chego mais perto e estendo a mão para tocá-los.
Acordo... Era um sonho!

(Estela Siqueira)

terça-feira, 1 de maio de 2018

Lenda do lírio do vale


A LENDA DO LÍRIO-DO-VALE
Existe uma tradição, na França: no primeiro de Maio oferece-se um ramo de lírio-do-vale (muguet) para dar sorte, pois esta flor floresce normalmente por volta desta data e é a flor da felicidade. 

Diz a lenda que uma flor de lírio-do-vale um dia se apaixonou por um rouxinol que vinha todos os dias ao vale e, pousado no ramo de uma árvore, alegrava tudo em redor com o seu canto maravilhoso. A flor do lírio-do-vale escondia-se por entre as ervas para ouvi-lo cantar. Mas, um dia, o rouxinol deixou de aparecer. O lírio-do-vale esperou-o dia após dia, em vão. Então cheio de tristeza, deixou de florir... Em maio o rouxinol regressou ao vale, e o lírio-do-vale voltou a florir de alegria. Assim, na linguagem das flores, se tornou a flor da felicidade.