Lembranças, anotações, recortes de revistas, guardados ao longo de minha vida sobre diversos assuntos: Casa, Bem Estar, Estilo de Vida ... Idéias para copiar ou adaptar ao gosto pessoal. Enfim... coisas que falem ao coração.
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sexta-feira, 20 de maio de 2011
Banhos de sol
Vovô Climaco
Vovô morava numa casa dentro do nosso quintal. Era um quintal colorido e com muita sombra. Havia goiabeiras e um pé de romã esquecido lá no fundo. Também havia rosas, begônias e jasmins, e o vento espalhava o perfume dessas flores que entrava na casa.
Vovô gostava de sentar no batente do portão para tomar sol, pela manhã. Esse portão ficava numa das laterais da casa e dava para uma rua onde passavam muitas pessoas.
Vovô era um velhinho magro de olhos pequenos e muito azuis, barba comprida e bem branquinha. Tinha eczemas nas pernas que adquirira nas matas, quando era mais moço. Naquele tempo os ferimentos demoravam a cicatrizar deixando suas marcas, pois não havia os remédios de hoje, que cicatrizam rápido e sem deixar vestígios.
Ele era um velhinho bem tranqüilo e depois que passou a tomar esses banhos de sol passou a ficar mais alegre, e meus pais ficavam bastante satisfeitos em ver que ele estava bem. Passado algum tempo, ele entrega a minha mãe uma saco cheio de dinheiro trocado dizendo que era pra ajudar nas despesas da casa.
Mamãe pergunta onde ele achara tanto trocadinho e ele explica que a maioria das pessoas que passava na rua sempre o cumprimentava, outras paravam pra uma prosa, mas tinham aquelas que costumavam deixar moedas no seu chapéu... o que muito lhe agradava, pois não imaginava que aos noventa anos poderia ganhar dinheiro só por tomar banhos de sol..
O nome do meu avô era João Clímaco, mas todos o chamavam de Climáco.
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Bonita história do teu avô.
ResponderExcluirParece-me que viviam perto da cidade para que as pessoas se condoessem e fossem dando uma ajuda diária.
Aqui na aldeia as pessoas passam, cumprimentam, mas não dão esses presentes.
Os nossos velhinhos gostam tanto de apanhar Sol.
Que linda história... Estela ! E o meu avô português rs... pai do meu pai... tinha uma mania... Toda vez que nós iamos visitar eu dava eu beijo nele e ele dizia... MUITO OBRIGADO rsssssssss...
ResponderExcluirBeijo
Linda história de vida amiga. Acho que o Sol é a madorna dos idosos. Eu agora adoro sol quando for mais velha acho que vou querer sol até à noite... Adorei. Beijos com carinho.
ResponderExcluirOla carissima ,
ResponderExcluirque estoria mais linda fiquei emocionada!!!
Tenhas um lindo final de semana .
mil beijos
Ah! Luís, isso foi há muito tempo, mais ou menos nos primeiros anos da década de 1950 e era uma pequena cidade do interior, que continua pequena até os dias de hoje...
ResponderExcluiros tempos eram outros...
Amigos, esta história minha mãe contava achando engraçada... pois o vô ficara muito animado por ganhar um dinheirinho extra (rsss).
ResponderExcluirBjs.
Enquanto lia pensava será ficção? rs porque voce escreve com poesia Estela, mas vejo que o avô nao é um personagem e sim o seu vozinho que ao tomar seu banho de sol ganha o seu punhado de moedas... rs
ResponderExcluirLindo demais.
Um bom domingo e boa semana Estela
Quem de nós não teve um avô lindo assim?
ResponderExcluirO meu,como todo mineiro ,se chamava CHICO e era precioso como o seu.bjos
Achei a história engraçadissima e imagino a alegria do teu avô de receber uns dinheiritos...só porque apanhava sol!!! Não é amoroso1
ResponderExcluirmil beijocas e uma semana feliz.
Graça
Li e achei linda, tal como a Lis pensei que era ficçao..rs agora cocê ver naqueles tempos tudo era tão inocênte,puro.Hoje se isso acontecesse seria diferente, o ser humano mudou muito... acredito que se isso fosse nos dias de hoje ele poderia até se ofender. Adoro histórias assim! Tem foto dele?
ResponderExcluirLis, essas palavras de quase poesia, já nem sei se são minhas ou de algum romance que porventura tenha lido e decorado (rsss).
ResponderExcluirÂngela, AVÔ é tudo de bom mesmo...
Graça, a história é mesmo muito engraçada (rsss).
E daí, nos dia de hoje, seria o contrário: pegariam o que estivesse no chapéu, se alguém tivesse deixado algum (rss).
Obrigada a todos pelo carinho nos comentários.
Bjs.
Que história mais linda querida amiga. Sabe tão bem recordar. Eu adoro falar aos meus filhos sobre o meu avô Coelho, uma ternura de pessoa, ficou para sempre guardado no meu coração.
ResponderExcluirBoa semana minha amiga
Beijinhos
Maria
Estelamiga
ResponderExcluirSou o Ferreiramigo da nossa Lúciamiga. Espero-te lá na Travessa. Vou oferecer, um dia destes, mais uns prémios... 'tobrigado
A minha terceira nora (as três que tenho considero-as filhas...) chama-se... Estela. Nome bonito.
Os avós nunca se esquecem. Vivem nas nossas recordações, têm apartamento alugado nos nossos corações. Gostei do texto - e do blogue
Qjs = queijinhos = beijinhos
Que gracinha de história verdadeira, adorei este delíciavô. Bjs meus
ResponderExcluirOla amiguinha passamos pra deixar uma montanha de beijos e pedir que voce de um pulinho la no nosso blog temos um pedido a lhe fazer!!!!
ResponderExcluirTenhas uma linda semana .
Linda e emocinonante história, nunca conhecia nenhum avô,o paterno era brasileiro.
ResponderExcluirBjs
Oiê...
ResponderExcluir~ Bem??
Nháá, ta tudo tão liiindo ^^
Twitter.: @loja_zart
♥
Linda sua história, cheia de emoção e sentimentos. Avô são pessoas preciosas. Adorei te ler um pouco. Um abraço pra ti.
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