Lembranças, anotações, recortes de revistas, guardados ao longo de minha vida sobre diversos assuntos: Casa, Bem Estar, Estilo de Vida ... Idéias para copiar ou adaptar ao gosto pessoal. Enfim... coisas que falem ao coração.
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Cada açúcar no seu lugar, cada açúcar na sua hora
Açúcar... Hoje é dia de açúcar, pois estou precisando de doçura.
Eu quero a sua doçura no céu da minha boca. Seu doce sabor que agrada a quase todos os gostos e ainda é capaz de acalmar emoções.
Todo mundo sabe a fama do açúcar, esse doce vilão, que em excesso pode causar muitos males.
Mas verdades e mitos à parte, ele é uma fonte de prazer que nos acompanha desde a tenra infância, quando nos deliciávamos com os doces, os bolos, biscoitos ou as balinhas feitas por nossas avós, tias e mães ou compradas no armazém da esquina, na barraquinha em frente à escola.
Apesar de estar presente no mel, nos cereais, nas frutas, no leite e no malte, vem da cana-de-açúcar e da beterraba a versão mais comum do açúcar, sendo que aqui o comum mesmo é da cana-de açucar. É composto por cristais de sacarose e as formas de refino resultam diferentes tipos:
Rapadura, Melado, Açúcar Cristal, Refinado, Cande, Mascavo, Demerara, Açúcar de confeiteiro, Orgânico e outros mais.
Cada tipo tem uma aplicação, cada tipo dá uma receita diferente.
“Cada açúcar no seu lugar, cada açúcar na sua hora
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Só se pode fazer melado com rapadura. Só com ela se tempera café forte e autêntico. Só se pulveriza doce seco com o cristalizado. Só com o mulatinho se obtém o bom café-com-leite-de-açúcar-queimado. Para o doce de coco, baba-de-moça e quindim – o refinado. Para o de mamão verde, idem. Idem, ainda, para a cocada branca seca ao sol e para a cocada em fita. Para as cocadas raladas de tabuleiro de rua – o açúcar preto. E assim por diante.” (Pedro Nava – no livro Baú de Ossos)
E veja só como é versátil!
Ele sozinho ou só com um pouco de água é capaz de se transformar em verdadeiras delícias, operando verdadeiros milagres na cozinha.
Ponto de calda, de caramelo, de bala dura, de bala puxa, alfenins e algodão doce são algumas das guloseimas que podemos obter dessa maneira tão simples, só variando quantidades, temperatura, tempo e técnica de preparo.
Alfenim é o que mais me agrada – doce delicado e suave, de origem árabe que nos chegou pelas mãos dos colonizadores portugueses.
Água, rapadura e vinagre ou limão ou ainda óleo de amêndoa, variando conforme a região. O segredo é acertar o ponto da calda, deixar amornar e começar a esticar a massa até ficar elástica e macia. Formam-se pequenos rolos e modela-se ao gosto de quem faz: flores, bonequinhos ou simples barrinhas.
“Desde a madrugada estava acordada, mexendo a calda de açúcar, acrescentando-lhe o dedal de vinagre da receita. Agora, os alfenins, já prontos, secaram em seu tabuleiro, no parapeito da janela da cozinha. Fui ver aquelas cândidas figurinhas: lírios de pétalas frágeis, pombinhos unidos pelo bico, corações entrelaçados.
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Louco por doces, João se sentava num tamborete ao lado do fogão e ajudava-a a fazer o puxa-puxa. Os fios brancos se esticavam entre as suas mãos, de uma palma a outra – clara sanfona. E ele mesmo ficava com cheiro de calda queimada.”
(Heloneida Studart – no livro O pardal é um pássaro azul)
E, colocando leite de coco na receita dos alfenins, teremos deliciosas balas que derretem na boca e faz um bem danado ao coração.
A segunda foto são das minhas balinhas.
As outras são da Internet.
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Estela !!!!!!!!!!! Adoro doces !
ResponderExcluirBalas de coco ! Faz tempo que não como...
Puxa-puxa eu comia quando era bebe, na praia... chamava o menino que passava na frente da minha casa, ... chamava errado, claro...rs... Trocava o "x" por outra letra e ficavam todos os vizinhos a rir...
Beijooooooooo
Olá
ResponderExcluirDoces é comigo, embora seja consumidora em doses moderadas.
Beijinhos
Só de olhar já engordo ,adoro !!!
ResponderExcluirquem te deu sorte foi a filhota Drika , ela que tirou seu nome, agora é só aguardar! bj
Guloseima que não pode faltar em um aniversário de criança, também me faz rememorar minha infância.
ResponderExcluirQue delicinha deixar derreter bem devagarinho na boca, uma sensação infantil em extinção, hoje em dia é difícil achar quem faça essa balinha com aquele sabor característico da balinha antiga bem macia com sabor de coco.
Bjokinhas querida amiga, adorei o texto,gostoso de ler.
Se ve delicioso, Estela!! Yo adoro todo lo que sea dulce y lo prefiero más que lo salado.
ResponderExcluircariños
Que delicia!!! Voltei no tempo.
ResponderExcluirPRECISO destas balinhas em forma de borboletas. Você faz por encomenda? Me manda um email dizendo SIM e o preço, por favor?
Um beijo,
Carmen
carmencunha2003@yahoo.com.br