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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amendoeira em flor


Os gregos antigos contavam uma lenda da bela princesa Fílis, que se apaixonou por um soldado chamado Demofonte. Ela foi deixada à espera no altar no dia do casamento pelo pretendente, e aguardou-o durante anos com a esperança de o amado regressar das guerras, mas acabou por se enforcar numa amendoeira. Por compaixão, os deuses transformaram Fílis no próprio galho do qual se enforcara. Quando o arrependido Demofonte retornou, encontrou Fílis na forma de uma árvore desfolhada e sem flores. Abraçou-a e a árvore de repente se cobriu de flores, demonstrando que o amor e a fé não podem ser vencidos pela morte. Até hoje, na terra da Grécia, a amendoeira é um símbolo de esperança.


Phyllis and Demophoön, 1870 - Edward Coley Burne-Jones
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sorvete e Primavera


E não é que escolheram o dia que começa a Primavera pra ser o dia do Sorvete!!!
Não poderia haver combinação mais perfeita que esta... Primavera e Sorvetes.

Sorvete tem a cara da Primavera: parecem flores, são coloridos, cheios de sabor além de dar água na boca só de olhar.


Apesar de ser mais popular no verão, é na primavera que se saboreia melhor um sorvete:
- No verão ele derrete logo, escorrendo pela casquinha e lambuzando a nossa mão. Nas taças ou nos copinhos, quando vai chegando na metade ele já ficou líquido.
- Na primavera, podemos sorvê-lo mais devagar, sentindo mais o seu frescor e sabor. Ele chega cremoso até o fim.

Para completar essa união, por que não combinar sorvete com flores?
Fica aqui a sugestão e uma receita com flores.

Sorvete com flores de goiaba

1 xícara de chá de flores de goiaba
200ml de água
30g de açúcar
400g de sorvete de creme

Levar ao fogo, em uma panela de barro, a água com o açúcar e deixar ferver até engrossar um pouco. Juntar as flores, mexer e retirar do fogo. Deixar esfriar. Na hora de servir, cobrir o sorvete com a calda de flores.


Podemos utilizar outras flores, da nossa preferência: flor de laranjeira, de limão, de maçã , amor-perfeito, jasmim, margaridinha, alfazema, rosa, violeta, madressilva, de tomilho, de alecrim, etc.

Importante lembrar que as flores, para esta finalidade, devem ser obtidas em lojas especializadas em flores comestíveis, que não utilizam qualquer tipo de agrotóxico ou tratamento químico no seu cultivo.


As das floriculturas comuns adubadas com agentes químicos não fazem bem ao nosso organismo, podendo causar sérios problemas para a saúde.

É preciso também muito cuidado na escolha, pois existem flores que apresentam princípios tóxicos e não devem ser usadas na alimentação de forma alguma. Exemplos disso são as violetas africanas, os crisântemos, o copo-de-leite, o lírio, entre outras.
Nas lojas especializadas já obteremos essas informações.




Receita do livro "Entre o jardim e a horta" de Gil Felippe

Fotos da Internet

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Gatos de chapéu

Nas minhas andanças por este universo virtual, acabei de ver esta notícia real no blog: Page not Found e não podia deixar passar...

Olha só que coisa mais linda, Gatos de chapéus!


A designer Amelie, de Atlanta (EUA), criou uma linha de chapéus para gatos usarem em todas as ocasiões de suas vidas sociais. Cada peça está sendo vendida a cerca de 54 reais.

"Mas não force o seu gato a usar se ele realmente não quer", adverte Amelie.

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domingo, 18 de setembro de 2011

Idéias para a primavera


Um almoço no começo da primavera deve ser um acontecimento luminoso, cheio de idéias novas para os dias quentes e ensolarados que se aproximam.
Comer no jardim ou na varanda já é uma novidade gostosa, e se pusermos na mesa uma toalha branca com pratos também brancos teremos a moldura perfeita para os “quitutes” bem coloridos. Ou toalhas floridas e muitas, muitas flores espalhadas por todos os cômodos da casa.
As possibilidades são infinitas...



Com a chegada da primavera tudo renasce. Os sentimentos adormecidos no inverno afloram espontaneamente. Plantas e animais trazem de volta o mito ancestral da ressurreição e aterra se prepara para um novo ciclo de vida.


Nossa festa interior também deve recomeçar. Recomeçar é vida, alegria, exaltação! O recomeço é mágico, alegra e rejuvenesce. Dentro de casa lavam-se e guardam-se os cobertores e os casacos pesados, baixam-se das prateleiras as roupas mais leves. Há um ritmo diferente no ar que nos deixa mais alertas, mais alegres. Na cozinha o cheirinho gostoso de condimentos leves, ervas frescas e frutas perfumadas. É hora de esquecer as comidas pesadas do inverno e partir para refeições mais leves e saborosas.
O calor ainda não chegou, mas os dias começam a ficar mais compridos, o sol vai ficando mais quente e aos poucos a força da natureza aumenta.



Uma mesa arrumada com simplicidade e comidinha despretensiosa, porém caprichada. O segredo está justamente aí: é o amor que faz cada refeição simples, nutritiva e saborosa um momento de carinho e paz.


Não comer muito, guardar sempre um lugarzinho para a próxima refeição.
Os velhos ingleses dizem que uma casa só vira um lar quando cheiros deliciosos emanam da cozinha, mas só acredito nisso até a hora da refeição. Depois é necessário que apareçam de novo os cheiros das flores e principalmente das ervas que limpam todo o ambiente e deixam a casa com aquele ar fresco e gostoso. Consigo isso fervendo uma boa quantidade delas numa panela durante alguns minutos. Quando por acaso elas somem do sítio ou do mercado, preparo um chá de cravo, baunilha, canela e maçãs, que também são maravilhosos.





Texto do livro: As Ervas na Cozinha (Rosy L. Bornhausen)

Fotos: Todas da Internet

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dez anos sem Helena


Quando sinto o cheiro do jasmim, eu me lembro de Helena.
Mulher de alma delicada, que amava as flores, em especial, os jasmins.
Conhecia todos eles: jasmim do Cabo, jasmim manga, jasmim estrela, jasmim bogari... ( ou quase todos ).
Em nossa casa sempre havia um pé dessa flor, enfeitando a nossa vida... e eu cresci sentindo esse cheiro, tão envolvente e tão delicado... do jasmim.



A foto: jasmim manga, plantado por Helena, que ela chamava de "jasmim a vapor"
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domingo, 11 de setembro de 2011

Divina Sedução


Pomona, a virgem ninfa do bosque, passava a vida a cuidar das ervas e das frutas silvestres. Era linda e todos os deuses a cobiçavam. Um deles, Vertuno,estava sinceramente apaixonado, mas o bosque da virgem estava vedado à presença masculina, e Pomona não se interessava por homem nenhum, mortal ou deus. Vertuno, então vai assumindo as formas da natureza e se aproxima – cada vez mais – do bosque de Pomona, apenas para olhar a amada. Um dia ele não resiste. Transformando-se numa velha, invade o território de Pomona – e ganha sua confiança.
Conversam sobre os deuses do Olimpo. Vertuno fala que um deles, o mais belo e forte, está apaixonado por ela, a ponto de perder a cabeça. Conta a Pomona várias histórias sobre mulheres que desprezaram o amor e que foram punidas por Vênus e por Eros. Pomona se impressiona. Quando percebe que a virgem fora seduzida pela idéia de conhecer ao deus que a corteja, Vertuno assume sua face verdadeira; o belo e radiante deus aparece na sua forma mais sedutora. Pomona não resiste. Os dois se amam.



(Almanaque do Amor - Bernardo Pellegrini e Maria Angélica Abramo)


Ilustração - Vertumnus e Pomona por Laurent Delvaux.

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domingo, 4 de setembro de 2011

Para Você

E já que estamos em setembro, começo com o texto, tão primorosamente escrito e também bastante atual que copiei na íntegra da revista referente aos meses julho-agosto de 1947.
Você pode clicar duas vezes na imagem para ampliar e ficar legível.



Temos, os da espécie humana, o mau vêzo de desprezar as lições que a Natureza, na sua simplicidade, ao mesmo tempo que na sua sabedoria, nos presenteia, a cada instante.
Trocamos, não raro, o dia pela noite, enquanto o instinto atávico dos irracionais, às vezes mais criterioso que nós, jamais lhe permite fazê-lo. É que, à noite, se verificam fenômenos de toda a espécie, necessários à função biológica. Eles passam desapercebidos, quase, de nós, que nos julgamos detentores dos conhecimentos mais profundos da ciência, mas não respeitados pelos animais, que obedecem, na sua atividade diuturna, o ciclo do dia solar.
Haja visto o que aconteceu, no último eclipse, em Bocaiúva, onde a passarada, saudando o dia nascente, riscava os céus, em revoada alegre e iniciava sua luta quotidiana, em busca de alimentos. O sol, todavia, foi eclipsado pela lua e se fez a treva sobre a terra. Os pássaros não se perturbaram e como, à noite, eles costumam estar sempre, em seus ninhos, não discutiram o fenômeno mas voltaram, precipites, às copadas das árvores, suas moradias, certos de que decorrera mais um período de dia solar. Apenas, todavia, voltou a luz do astro-rei a inundar a terra, retornaram, súbito, à sua faina e aos seus vôos.
Em tudo, aliás, os animais obedecem a certas regras constantes, que nós, nem sempre, procuramos conhecer, mas que lhes dão um teor de vida sadia e intensa, dispensando-lhes médicos, remédios e hospitais.
Chega-nos, com Setembro, a estação maravilhosa da Primavera, que risca as nuvens, em vôos surpreendentes, gozando tal estação, intensamente, tirando-lhe todo o proveito que lê lhe pode dar.
À medida do que nos é possível, corramos para os campos, para aurir aquele ar puro, enchendo os nossos pulmões, renova-nos as energias do sangue, depauperado nos ambientes confinados em que labutamos todos os dias.
Impregnemos as nossas vistas dos panoramas luminosos com que a natureza pátria nos deslumbra e desanuviemos os nossos espíritos dos quadros limitados da nossa visão diuturna, em nossos afazeres.
Gozemos as delícias desta quadra primaveril, que nos é propícia à renovação salutar do nosso organismo e, principalmente, saturemo-nos desta alegria, própria da estação que iniciamos, a fim de higienizar o nosso espírito, comumente tão preocupado pelo peso de nossas responsabilidades quotidianas.
Aproveitemos a vida, no que ela tem de bom e no que nos é lícito, porque, conforme o aforismo chinês, “é mais tarde do que pensamos”.



Espero que tenham gostado.
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