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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Festas de casamento



Houve um tempo em que as festas de casamento eram realizadas em casa e muito raramente comemoradas em clubes. Quase como regra geral, todos se reuniam depois da cerimônia, para um pedaço de bolo e champanhe. Podia ser no jardim ou em uma sala mais reservada. Um tempo nem tão distante, que eu me lembre lá pelos anos 1970, essas festas ainda eram bastante comuns.
Depois passaram a acontecer em salões e casas de festas. Apareceram serviços especializados em recepções, que organizavam tudo, desde a festa, ao enfeite do salão e à música, se aprimorando e inovando a cada dia, até os dias de hoje.

Os tecidos para as roupas das mulheres eram importados, as mais finas e abastadas, naturalmente, assim como a louça era inglesa e as toalhas de finos bordados, mas de um modo geral tudo era mais simples, sem sofisticação, sem tanto luxo e requinte.... e quase todas as mulheres usavam o mesmo decote nos vestidos, algumas usavam no lado uma flor, outras um colar no pescoço. Algumas usavam saia ampla de belo tafetá, blusa de seda bordada com renda fina.
As pernas das mulheres exibiam meias de costura atrás (e olhe que a costura não podia ficar torta). Os sapatos de salto, fechados na frente e alguns abertos atrás, estilo que ainda chamamos “chanel”
Os homens de terno escuro com gravata borboleta e cabelos engomados com a mais fina brilhantina.

Mas, a estrela da festa era obviamente a noiva, e o vestido, mesmo dentro da simplicidade existente na época, era escolhido com muito capricho e sempre branco, transmitindo pureza, castidade e inocência, atributos muito importantes para a época.

O bolo também era destaque, simples ou mais elaborados, com o casal de noivinhos em cima, rosas, laços e outros arabescos de glacê davam o requinte final. Era mesmo uma obra de arte, as mulheres trabalhavam os bicos de confeitar com muita criatividade, pois na época não se dispunha dos recursos de hoje. Os bolos eram sempre frescos, feitos no dia ou na véspera pelas mulheres da família ou alguma vizinha mais jeitosa..

Depois do bolo cortado e distribuído, a noiva trocava de roupa, geralmente um conjunto em shantung, tecido muito requisitado na época, para essas ocasiões.

Enquanto isso o carro que levaria os noivos para a lua de mel, geralmente um Dodge Dart alugado ou emprestado de um amigo, era preparado pelos amigos. Latas e tiras de papel branco eram amarradas com barbante nos pára-choques traseiros. No momento em que o carro se punha em movimento, era um estardalhaço aquelas latas rolando e as tiras de papel balançando e se soltando com o movimento.
A alegria era contagiante e todos ficavam acenando até o carro sumir da vista.
A tradição das festas ainda continua, mas o estardalhaço das latas, não existe mais...


O vestido é de 1950 e se quiser ver mais, eu peguei AQUI no Faceirice
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10 comentários:

  1. Festas são sempre algo agradável, não é? Mas para quem casa, o dia é demasiaod cheio e rápido.

    Bom fim de semana

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  2. Adorei este relato de casamentos de épocas atrás...
    Havia mais romantismo e tudo era elaborado com amor .Lembrei-me do meu casamneto, servido no Instituto das Irmãs franciscanas( por causa do espaço) mas, tudo feito na nossa casa e na das amigas da minha mãe...mais fresquinho não podia ser! O meu bolo de noiva, um espectáculo: um castelo, a princesa saindo dele e um lindo coche no jardim à sua espera... Qualquer dia edito a foto!!
    Mil beijos e bom fds
    Graça

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  3. Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog do São. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs

    Narroterapia:

    Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.

    Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.

    Abraços

    http://narroterapia.blogspot.com/

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  4. Bons tempos! a minha contava que assim tinha sido o casamento dela...
    Bjs

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  5. Interessanti queste notizie e l'abito anni '50 è splendido! Un abbraccio e buona domenica!

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  6. Foi uma época não muito distante.
    Fez-me recordar os casamentos aqui da nossa aldeia Usavam os fatos domingueiros e faziam as viagens para a Igreja a pé. Iam por caminhos e estradas cheias de pó ou de lama consoante a época do ano.
    Não havia esse capricho dos fatos brancos das noivas. Eram fatos simples que usavam depois da festa.

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  7. Que lindo o relato e a imagem. Antigamente o casamento tinha um romantismo muito grande porque existia muito mais amor numa união do que hoje em dia. Tudo era perfeito.Deixo um beijo grande e desejo de um ótimo começo de semana. Abraço!
    Smareis

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  8. Oi Estela
    Adorável post que nos faz recordar os casamentos que assistíamos comovidas, quase sempre.
    Até mesmo lembro bem do meu rs foi marcante e inesquecível, claro!
    E a pompa dependia mesmo de cada família.
    Pena que o amor arrefece logo logo rs
    um abraço amiga

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  9. Olá querida Estela!!!
    Desculpe-me a ausência, mas além de andar ocupadésimo, andei meio afastado da blogoesfera e até do meu próprio blogue, espero compreenda!!!
    Muito bom recordar e aprender sobre essas festas de casamento do nosso passado recente,,, se bem me lembro compareci a alguns casamentos nesses moldes tradicionais, quando era jovem.
    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e agora o comercial suplantou o tradicional e as festas já não são mais o que eram, não é verdade???
    beijinhos e que tenha um óptimo fim de semana, Zé Maria

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