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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Retornando com Licor de Anis


"Um mal de amor? Licor de anis.
O anis nos lábios é como um beijo.
Ele tem um adocicado que se demora na boca.
Como dois amantes em lençóis de seda.
Um mal de amor não se quer apagar totalmente.
25% de álcool
Com duas pedras de gelo fica perfeito
O frio equilibra tudo e prepara o terreno para um novo amor.
Um mal de amor é a preparação para uma nova felicidade.
É a porta aberta para outras alegrias."

Do filme: “As Neves do Kilimanjaro” de Robert Guédiguian (Vale a pena assistir)

O filme se refere ao Licor Anisete de Marie Brizard, um licor único desde 1755. Uma receita passada por gerações cujo ingrediente principal é o anis verde do Mediterrâneo, combinado com outras ervas, frutas e especiarias de várias partes do mundo
"No dia 11 de janeiro de 1750, Marie Brizard de 36 anos, atravessava a praça Real em Bordeaux, em uma esquina, Thomas, um marinheiro do oeste da Índia a bordo do Intrépido, estava jogado no chão com muita febre. Marie Brizard o cuidou e salvou sua vida. Como forma de agradecimento, Thomas ofereceu-lhe seu único tesouro: A receita secreta de um licor de anis, composto com 11 plantas, especiarias e frutas que era extremamente refrescante e aromatizado. Nasceu então o licor de Anis da Marie Brizard. Em 1755 em parceria com seu sobrinho Jean-Baptiste Roger, Marie Brizard fundou a jovem companhia Marie Brizard e a primeira destilaria próxima ao porto.
Outro primo, Capitão Paul Brizard, fornecia as especiarias da África e do oeste da Índia. Logo o famoso licor de Anis havia viajado pelo mundo e até servido nos jardins do rei Louis XV em Versailles. No século 19, a companhia estendeu a sua gama de licores e estabeleceu a primeira cadeia de agentes distribuidores a nível mundial. No século 20, Marie Brizard consolidou seu negocio e criou um grupo verdadeiramente internacional. Hoje orgulhosa de seu passado e totalmente comprometida com a inovação, Marie Brizard está se preparando para somar outra centena a sua história."

SOBRE O ANIS:
O anis ou erva-doce (Pimpinella anisum) é uma planta da família das Apiaceae, anteriormente chamadas Umbelliferae. Seu fruto tem a forma de sementinhas, de aroma marcante e poderoso, muito usado em confeitaria, no preparo de bolos, biscoitos, entre outros.

Também se utiliza em sopas, caris e pratos com frutos do mar e ainda ajuda a combater o mal hálito.
O chá da erva doce é digestivo, indicado até para crianças pequenas, ainda bebês, para aliviar cólicas e flatulência.

Todas as partes que ficam acima do solo de uma planta jovem de anis também podem ser comidas. Os caules se parecem com os do aipo na textura e têm sabor bem suave.

Por destilação das sementinhas extrai-se um óleo volátil de anis, o qual é útil no tratamento de flatulência, cólicas abdominais e câimbras. É depurativo e diurético auxiliando no tratamento da obesidade e retenção de líquidos. Ajuda a aliviar os incômodos da TPM.

Em Aromaterapia, no aspecto emocional, sua indicação é o resgate da energia feminina tanto para as mulheres, como também para os homens.
Nas mulheres o entendimento de suas origens, de seu papel na sociedade, de seus direitos e deveres.
Nos homens o entendimento do papel das mulheres na sua vida, o respeito e o amor, a gratidão e o carinho mútuo
Seu aroma doce remete à infância e traz aconchego ao coração.
Quem se lembra do bolo de milho com erva doce preparado pelas nossas avós ou pela nossa mãe? É tudo de bom. Não é mesmo?

A receita do bolo AQUI


SOBRE LICORES:
O licor é uma bebida doce, de alto teor alcoólico que varia entre os 20% e os 28%.
Feitos com álcool, calda de açúcar e extratos aromáticos de frutas, ervas e flores os licores encantam por suas cores e sabores únicos.
Servido em pequenas taças, é ideal após as refeições por serem considerados digestivos. São bastante empregados em receitas doces, coquetéis e muito comum em bombons.

A fórmula do licor, tal como conhecemos hoje, foi elaborada em 1250 pelo alquimista catalão Arnaud Villeneuve, que chegou a ser considerado bruxo, com suas “poções” sempre envoltas em mistérios e segredos, acabou sendo salvo da fogueira da Inquisição por ter curado o Papa com uma dessas poções.
Desde essa época, as fórmulas são guardadas em absoluto segredo, sendo preservadas por gerações.


Fontes de consulta:

Todas as fotos são da internet.

8 comentários:

  1. Bom dia Estela. Parecem que nos perdemos nestas viagens dos blogues. Hoje está muito fri e eu decidi ficar aqui mais tempo, passando apressado, procurando temas interessantes e amigos como agora se viu. Não sou apreciador de bebidas alcoólicas. Elas degradam o ser humano. Respeito os que as bebem e respeito as bebidas muito quietas nas garrafeiras.
    Já bebi e sei do que falo.
    Beijinhos.

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    1. Olá Luis, entendo o você fala, sei dos perigos que uma bebida alcoólica pode proporcionar para algumas pessoas, geralmente as mais sensíveis e sem controle. Não quis fazer apologia ao álcool, porém, com moderação pode ser prazeroso e sem danos. Bjs.

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  2. O licor Marie Brizard (que não bebo há já muito tempo) conheço-o desde a adolescência: sempre era comprado quando se viajava até Espanha.

    Porém, desconhecia completamente a estória.

    Grato abraço pelo aumento de meus conhecimentos!

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    1. Oi São, descobri por acaso, foi por causa do filme que me interessei. Nunca experimentei deste licor (rsss). Gosto do Cointreau e o Frangélico e também um muito regional, o Licor de Jenipapo, uma fruta muito comum do lado de cá. Bjs.

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  3. Tim-tim, com taças de licor, de anis. Feliz retorno! Minha mãe era especialista em licores, como o de jenipapo, tangerina, café...mas, nunca fez de anis. Agora, tenho a receita. Não conhecia a história do licor Maria Brizard. Gosto, do licor de anis. Sabia, do grande uso do anis na culinária indiana.
    Xêro

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    1. Oi Lúcia, de vez em quando um licorzinho vai bem. O de jenipapo eu já conheço, mas este de café deve ser uma delícia...
      Xêro.

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  4. Assisti o filme ontem e amei! As cenas no Bistrô são especiais e me chamaram atenção exatamente pelas explicações do garçon! Ele demonstra ser profundo conhecedor dos licores. Acredite se quiser: Eu conheci o Licor de Anis Marie Brizar quando ganhei uma garrafa como presente de casamento de minha Chefe da época. Ela devia conehcer suas propriedades em relação ao amor! Mas hoje estou na segunda fase e queria muito encontrar o diálogo relativo ao licor grego Metaxa, não consegui guardá-lo na memoria, mas me pareceu muito útil e até esotu tentando aquiri-lo porque cuja as dores da vida! Bjus

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    1. Oi Lady,
      eu gostei muito do filme, muito bem conduzido e quando apareceu esta cena em que o garçom fala sobre o licor, eu a retornei só para copiar o comentário dele.
      Gostei tanto que fiz esta postagem (rsss).
      Obrigada pela visita e comentário.
      Bjs.

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