Acompanhar este blog

domingo, 9 de dezembro de 2012

Biblioteca das Moças



Entre as quatro filhas da minha mãe, eu ocupo o penúltimo lugar, as duas que me precedem, sempre eloquentes e cheias de razões. A caçula, mimada por todos, inclusive por mim apesar da pouca diferença de idade. Cresci nesse meio termo, ora como as mais velhas ora como a mais novinha. A diferença entre as nossas idades é de três anos entre uma e outra, numa  escadinha.


 Enquanto éramos crianças, essa diferença não era muito significativa, mas quando cheguei aos meus 13 anos, a diferença ficou bastante marcante, pois enquanto ainda curtia as brincadeiras infantis com a mais nova (9 anos), as duas mais velhas, então,  com 16 e 19 anos  já tinham outros interesses mais adultos (ou quase).  Ficaram vaidosas e namoradeiras.


Então me dividia entre os dois interesses.  Subia em árvores, jogava bola, brincava de pique ou com as bonecas.  Entre uma brincadeira e outra ficava ligada nos interesses das maiores, nas escolhas das roupas, esmaltes, batons e saltos de sapatos...

Eu gostava de ler os livros que elas colecionavam e trocavam com as amigas. Eram romances policiais, fotonovelas e romances diversos de escritores famosos.
Os mais populares da época eram os livros da coleção “Biblioteca das Moças”,  histórias de amor que sempre acabavam bem, geralmente entre uma moça simples e um moço rico ou importante, como num conto de fadas.


Dentre os mais famosos eram os assinados por M. Deli. As histórias eram todas parecidas, mas o que eu mais gostava era a descrição dos personagens, dos trajes, dos gestos e do ambiente sempre muito amplo e arejado  com cortinas brancas de musseline esvoaçando nas janelas das apaixonadas.
A imaginação voava solta...


Para as que não viveram essa época e quiserem saber mais da Biblioteca das Moças,
e para as que vivenciaram relembrarem com prazer,
 cliquem AQUI 
...........
................................

6 comentários:

  1. Oi Estela
    A caçula sempre é a mais mimada e eu era a caçula!!, mas a diferença da outra nao era muito e assim podíamos ser mais cúmplices nas brincadeiras e 'artes'.
    E voce espremida entre elas dava conta de corresponder rs e a voce tem atendia ? rs
    muito bom Estela, adorei saber sobre os livros mas não me lembrei de nenhum, depois vou ver o link da biblioteca.
    boa semana
    um abraço

    ResponderExcluir
  2. Oi amiga querida lamento te falar mas eu sou a caçula e é tão bom ser mimada, acho que minhas irmãs sentiam um pouco, adorei o que escreveu ai resolvi falar por que será que as caçulas são mimadas eu sou muito dengosa, apesar de ter perdido mãe cedo, amiga querida vim te desejar lindo Natal e lindo ano de 2013 e com muita alegria que ficamos comadre, te agradeço sempre o carinho e bjs minha flor

    ResponderExcluir
  3. Que saudades estes livros me fizeram...as suas capas tão iguais aos que por lá (Moçambique) eu lia! Mas os romances mais badalados eram da Corin Tellado ,uma escritora espanhola de romances de amor que, publicou centenas e centenas de histórias. E é como tu dizes...tudo acabava bem, vivendo felizes para sempre!
    O Pedro já chegou?
    Mil beijos

    ResponderExcluir
  4. Lis e Leila,
    Eu levei vantagem em estar no meio termo, pois jogava nas duas "pontas" (rsss).
    Bjs.

    ResponderExcluir
  5. Graça,
    Lembraste bem! Esqueci de citar Corin Tellado, mas ela também esteve presente nessa coleção.
    Pedro ainda não chegou, pois o Rio de Janeiro é imprevisível, tem muita coisa pra ver e ele acaba se distraindo (rsss).
    Logo que ele chegar eu te aviso.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  6. rrss rrsss

    Nunca fui muito de ler este tipo de romances e fotonovelas, mas havia uma autora catalã que eu adorava e que faleceu não há muito tempo: Corin Tellado.

    Um abraço grato pela memória , rrs

    ResponderExcluir