Nos tempos antigos, passando pela Idade Média, as pessoas tinham por costume levar ramos de flores e ervas aromáticas, frequentemente mantidos próximo ao nariz ou usados como um broche, ornamento de cabelo ou atados em torno da cintura.
Este maço de flor aromático era chamado de “nosegay” e servia para amenizar os maus cheiros da precária higiene e da falta de saneamento da época.
Os buquês eram amarrados com fios de linha, barbantes, tiras de tecidos ou fitas
Mais tarde, esses ramalhetes passaram a ser colocados em suportes na forma de cone que facilitava carregá-los.
Simples ou sofisticados, esses suportes chamam-se “tussie mussie”, feitos de peltre (uma liga, principalmente de estanho, com antimônio, cobre e chumbo), vidro cobalto, prata, porcelana e ornamentados com rendas, fitas, pérolas ou pedras preciosas.
O termo tussy mussy, ou tussie mussie, remete ao tempo da Rainha Vitória,da Inglaterra. A monarca gostava de carregar estes buquês florais a todos os lugares aonde ia. Vitória também gostava de frascos de lavanda, um tipo de buquê modificado, feito de armazenadores de lavanda. As partes terminais dos armazenadores eram dobradas e colocadas em torno das flores abertas, criando uma “gaiola”, a fim de aprisionar a fragrância.
Ambos os tipos destes acessórios de fragrâncias eram necessários, uma vez que as práticas de higiene na Era Vitoriana eram quase tão ruins quanto aquelas dos séculos antecedentes.
A popularidade dos tussie-mussies, na Era Vitoriana, cresce na França pré-revolucionária e em ambos os lados do Atlântico.
Durante o século XIX, instruções de como fazer tussie-moussies foram abundantes em periódicos americanos, e as jovens senhoras eram socialmente avaliadas por sua habilidade em fazer buquês manuais, considerados formas artísticas. Cada um era único.
Era uma época em que as flores eram bastante valorizadas. A linguagem das flores tinha sido desenvolvida na França antes da Revolução Francesa, baseada em antecedentes históricos, incluindo as mitologias grega e romana, a herança judaico-cristã, a medicina das ervas, a arte e a literatura da Renascença e o Selam Turco, uma linguagem rimada que representa sentimentos.
A cada erva, flor e árvore foi atribuído um significado simbólico baseado em sua aparência, fragrância ou associações.
Dezenas de árias para declamação sobre a linguagem das flores foram escritas durante a Era Vitoriana a fim de ajudar na explicação, às pessoas, acerca destes buquês simbólicos.
Era muito comum as pessoas se presentearem com os Tussie Mussies para transmitir mensagens secretas e sentimentais.
Tussie mussies, apesar de seu nome engraçado, contudo são belos e
elegantes, de bom gosto, diferentes e encantadores e até hoje são usados em
ocasiões especiais, como os buquês das noivas, como um delicado presente a
alguém que se queira agradar ou colocar em diversas partes da casa para
proporcionar mais cor e perfume ao ambiente, dando aquele ar antiguinho que
tanto nos encanta...
Ainda nos dias de hoje, a Rainha Elizabeth II mantém a tradição de
levar nas mãos um desses elegantes buquês.
É fácil fazer um Tussie Mussie:
Escolhas as flores e ervas, corte os caules no tamanho apropriado e deixe num vaso com água por umas duas ou três horas. Depois disso comece o buquê começando do centro. À medida que for colocando as flores vá girando e amarrando frouxamente com um barbante ou linha. Quando chegar ao tamanho desejado, coloque as ervas perfumadas em torno e arremate com uma fita dando um lindo laço ou use um cone delicado, que pode ser até de um papel bonito ou ainda, uma toalhinha redonda de tule, renda ou organdi.
Escolhas as flores e ervas, corte os caules no tamanho apropriado e deixe num vaso com água por umas duas ou três horas. Depois disso comece o buquê começando do centro. À medida que for colocando as flores vá girando e amarrando frouxamente com um barbante ou linha. Quando chegar ao tamanho desejado, coloque as ervas perfumadas em torno e arremate com uma fita dando um lindo laço ou use um cone delicado, que pode ser até de um papel bonito ou ainda, uma toalhinha redonda de tule, renda ou organdi.
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