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sexta-feira, 28 de março de 2014

A bodega da minha avó


Quando eu era menina, bem pequena, gastava muito do meu tempo com a minha avó materna. Dona Izaurinha, como assim a chamavam, tinha uma pequena bodega, onde, além de outros artigos, vendia doces, bolachas e bolachões que ficavam guardados em um armário.
Era um armário grande e alto de madeira escura e portas envidraçadas pelas quais podia se ver as mercadorias, guloseimas que muito atraíam o meu olhar de menina gulosa.
Na prateleira de cima ficavam as bolachas e os bolachões.

 Os bolachões tinham esse nome devido ao seu tamanho, eram umas bolachas do tamanho aproximado de um pratinho de sobremesa. Sua massa era seca, quebradiça e adocicada e era costume comê-los com café.
Na prateleira logo abaixo ficavam os biscoitos em forma de cavalinhos. Eram nesses cavalinhos que meus olhos grudavam e puxando a minha avó pela saia eu apontava pra que ela pegasse um para mim. Sua massa era parecida com a do bolachão, por sinal nem tão gostoso assim, mas para mim era a melhor coisa do mundo.
Competindo com os cavalinhos, na prateleira logo abaixo, ficavam os “tijolinhos”, docinhos de leite que se desmanchavam na boca, espalhando cheiro e sabor delicados que me enchiam de prazer e felicidade.

Na hora do lanche, minha avó me servia café com leite numa xícara verde de ágata e um cavalinho, e depois de tudo, um tijolinho de doce de leite...

Tudo ali cheirava bem, açúcar, baunilha e alfazema, o cheiro da casa da minha avó.

Obs:
Bodega - o mesmo que venda, pequeno armazém
As fotos eu as encontrei na internet, nenhuma delas me pertence.
Alfazema era o cheirinho que minha avó usava nas suas gavetas de roupa.

A casa da avó era contígua à bodega. Podia-se entrar pelo salão de vendas ou por um portãozinho ao lado que dava para o pequeno jardim.

***

quinta-feira, 20 de março de 2014

O visitante noturno


Ele pousou no vidro da janela. Era noite alta.  Ele do lado de fora e eu dentro, sentada em minha poltrona favorita lendo um livro antigo.
Levantei, cheguei bem perto e ficamos a nos olhar por uns instantes. Mandei-o embora:
“Vai-te embora, pois aqui não é jardim e nem tenho flores pra te dar!”

Era de uma cor muito verde, uma cor que se ilumina por si só. Um gafanhoto!
Não, não, não era um gafanhoto, era uma esperança!
Uma esperança querendo entrar... E a mandei embora!

Deixei-me ficar na noite, a cismar.
E sonhei que a esperança voltava a bater na minha janela....


domingo, 9 de março de 2014

Preparando o pôr do sol

Nuvens passeando no céu azul


 Pareciam flocos de algodão pendurados de um teto


 e o vento traçava novos desenhos nas nuvens


 que se coloriam aos raios de um sol escondido entre elas


 Era a Natureza preparando o cenário


Para mais um Pôr do Sol


Nesta tarde de um verão que começa a 
pensar em ir embora... 


***

quinta-feira, 6 de março de 2014

A Natureza é pródiga...

 ALCACHOFRA


ALCAPARRA


 BAUNILHA


CANA DE AÇÚCAR

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Fotos que recebi por e-mail.