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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ah! Girassol

Ah! Girassol, giras no tédio do tempo
Do sol contando os passos
Buscas o dourado e doce campo
Luminoso rumo dos peregrinos.

(William Blake)


Misteriosos e altivos, escandalosos sem serem vulgares, os girassóis chamam a atenção pela sua beleza. Nos campos floridos são as estrelas da terra...

Giram, girando às voltas do sol
Os campos floridos dos girassóis.

(Cora Coralina)

O girassol era o símbolo do sol nas culturas americanas, já era cultivado há mais de três mil anos pelos indígenas do norte do México e foi introduzido na Europa em 1510. Os Aztecas decoravam seus templos e coroavam suas sacerdotisas com flores de girassol, e os Maias faziam um extrato das pétalas, usado como afrodisíaca. No México, as pétalas são ingeridas, após refogadas em óleo, para felicidade do casal no casamento.


O girassol encanta, não só pela beleza altiva, mas também pela sua utilidade.

A semente do girassol é a segunda maior fonte de óleo comestível vegetal do mundo. O óleo, ainda bruto é utilizado na preparação de velas e sabonetes.
Após refinamento é empregado na alimentação, rico em vitamina E, com um alto teor de ácidos graxos essenciais para o organismo humano.
Ajuda a diminuir o mau colesterol do sangue, estimula o sistema imunológico e revitaliza o sistema circulatório.
As sementes, ricas em cálcio, fósforo, magnésio, ferro, potássio, vitaminas A, B1, B2, C e tocoferol, a mais ativa fonte de vitamina E..

As sementes são bem apreciadas pelos papagaios e outras aves, mas em alguns países da Europa Oriental, elas são vendidas na rua, torradas, como se fossem pipocas.

Os resíduos após extração do óleo (torta) são utilizados na alimentação das vacas leiteiras e engorda dos porcos.
Em vários países, essa planta é também utilizada na alimentação de rebanhos, sob a forma de forragem ensilada, sendo feita a colheita, nesse caso, na época em que as flores começam a secar.

Na medicina popular é muito utilizado na preparação de chás:
Das cascas do caule para combater febres;
Das folhas como anti-gripal, antiasmático, expectorante e diurético;
Das flores contra doenças pulmonares e afecções da garganta.

Na medicina alternativa, os florais do girassol ajudam às pessoas a descobrir sua verdadeira expressão e revelar seu brilho pessoal. Melhora a auto-estima e a autoconfiança.



Fonte de inspiração para poetas, muitos se inspiraram nos Girassóis.

“Fica decretado que a partir deste instante haverá girassóis em todas as janelas;
Que os girassóis terão direito a abrir-se na sombra;
E que as janelas devem permanecer o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.”

(Thiago de Mello)

"São mágicos sinais, que vão se abrindo.
Constelações de girassóis gerando um círculo de amor que de repente estalam como flor no chão da casa."

(Thiago de Mello)


Passa uma nuvem pelo sol.
Passa uma pena por quem vê
A alma é como um girassol:
Vira-se ao que não está ao pé.

Passou a nuvem; o sol volta.
A alegria girassolou.
Pendão latente de revolta
Que hora maligna te enrolou?

(Fernando Pessoa)

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Todas as fotos são da Internet.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Selinho e Flor

Este selinho recebi de Cris, que tem mãos de fadas e sabe fazer encadernações lindíssimas, vale dar uma olhadinha no seu Blog Estudio Brigit
Leve, é seu também...


E esta flor é uma lembrança da Lilá(s), pelo terceiro ano de seu blog perfumado "Perfume de Jacarandá".
Parabéns Lilá(s) e continue a perfumar a blogosfera com tão lindas flores, por muitos e muitos anos mais...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

As carpideiras


Todas as manhãs elas partem para o cemitério e param diante das sepulturas onde a morte apanhou recentemente alguém.
Dão-lhes figos, tâmaras e ovos. Um mais pobre lhes oferece um ramo de jasmins. Elas ficam sentadas no meio das tumbas. Algumas amamentam os filhos, outras tecem vários cestos e outras nada mais fazem que conversar.
De repente a mais velha solta um grito. Elas cobrem as cabeças e põem-se a emitir lamentos angustiosos. A outro sinal recomeçam suas ocupações e suas tagarelices.
Entre essas carpideiras Sahaddah é a mais bela e a mais jovem. Por isso lhes dão frequentemente galinhas. Eu me casarei com ela. Certamente é forte e silenciosa, e se eu morrer primeiro suas lamentações nada custarão a meu pai!


Do livro Jardim da Carícias – clássico da literatura amorosa, rara jóia literária produzida pelo gênero lírico dos árabes em todos os tempos – Editora Artenova.


Carpideira é uma profissional feminina cuja função consiste em chorar para um defunto alheio. É feito um acordo monetário entre a carpideira e os familiares do defunto, a carpideira chora e mostra seus prantos sem nenhum sentimento, grau de parentesco ou amizade.

Vem de longe esse ofício, já no Egito Antigo era comum a presença das carpideiras nos enterros. Acreditavam ser a morte uma passagem e o choro seria necessário para que a alma do morto fizesse uma passagem tranqüila.
No túmulo de Minnakht (1500 -1450 a.C.), em Tebas, estão as "Carpideiras do Egito".


Oito séculos depois, em Roma, o ritual das carpideiras era oficialmente indispensável nos velórios. Havia duas classes de carpideiras, a saber:
Prefica, a carpideira paga para os louvores do morto e a Bustuári, que acompanhava o cadáver até o local de incineração, pranteando-o estridentemente conforme a tabela de preços.

Uma outra modalidade muda e simbólica são as Choronas, bonecas, geralmente vestidas de branco com véu negro cobrindo cabeça, rosto e os ombros, com faces sulcadas e cheias de lágrimas.

As carpideiras foram conhecidas em toda a Europa e a tradição de chorar, dançar e ter uma refeição dedicada aos mortos é possivelmente universal.


No Brasil, indígenas e escravos africanos usavam a mesma prática para chorar seus mortos.
Recebemos dos portugueses a carpideira espontânea, lamentando o defunto alheio, gratuita e vocacionalmente. Geralmente os donos do defunto davam-lhe lembranças, roupas, alimentos, dinheiro em troca do ruidoso pranto.

Ainda hoje, no interior brasileiro o chorar o defunto resiste - defunto sem choro é símbolo de indiferença e abandono total.
Os rituais são realizados por velhas ligadas por parentesco, amizade ou por simples vocação. Elas fazem guarda ao defunto iniciando as Excelências ou Incelências, rezas cantadas com voz sinistra e apavorante, que duram até a saída do enterro, de impressão inesquecível para os que assistem. Nessas localidades existem mulheres famosas e ilustres, indispensáveis ao cerimonial popular, de irresistível provocação para o pranto.


Fonte: Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo
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domingo, 8 de janeiro de 2012

Primeiras comprinhas do ano.


Nesta última sexta feira fui ao shopping só pra comprar um creme hidratante.

Escolhi comprar este, da Mahogany. 
Logo fui atraída pela embalagem muito bonita e pelo nome “Pétalas de Rosas Brancas”.



Experimentei e gostei. Ele tem um perfume delicioso e envolvente de rosas, além de deixar sua pele macia e aveludada como pétala.
E ainda fizeram uma embalagem linda com sacolinha e laço de fita. Saí com a sacola de oncinha toda feliz. 
                                                                                      

No caminho de volta, me lembrei que precisava de uma garrafa térmica. Gostei desta verdinha e já ia me dirigindo ao caixa quando, na prateleira seguinte vi essas tigelinhas da mesma cor. Não resisti... tudo combinadinho!
 

Mais adiante, entrei no Supermercado (não consigo passar indiferente, tem sempre coisinhas a comprar) e fiz umas comprinhas básicas, incluindo este pedaço lindo de melancia.


Na hora de pagar, ganhei este coração como cortesia. Que gentil!


O coração é um cofrinho cuja proposta não é a de colocar moedas.
A proposta é, cada vez que a gente fizer uma coisa boa ou uma coisa boa acontecer com a gente, escrever num papelzinho e guardar no coração.
No final, o coração estará transbordando de coisas boas que fizemos e passamos durante o ano.

Vou colocar no cofrinho o primeiro bilhetinho: "primeiras comprinhas do ano".





"A pessoa perfeitamente normal é coisa rara na nossa civilização." (Karen Horney)
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Brinquedos

Até domingo, no andar térreo, o Museu do Folclore, aqui no Rio de Janeiro, está com uma pequena mostra: "Brinquedos de Recife".
São brinquedos feitos por artesãos pernambucanos, que vem dando continuidade a essa arte tão popular e quase esquecida, do Nordeste Brasileiro.
Viajei ao passado, ao tempo de quando era criança e brincava com brinquedos iguais a estes.

Os carrinhos de lata;

Os mini-tambores;

Mané Gostoso, que se movimenta ao comando de nossas mãos;

E as bonecas de pano, que tanto embalaram os meus sonhos de menina.


e ainda, os apitos de barro em forma de galos e galinhas, os cata ventos, as marionetes, entre outros...

É uma pena que, hoje, diante de tanta tecnologia, são raras as crianças que conhecem e brincam com esses brinquedos que tanto mexem com a nossa imaginação.

Perde a criança, perde o artesão... perdemos todos nós.

Para quem está no Rio, o Museu fica ao lado do Palácio do Catete, e os brinquedos estão à venda na lojinha do museu junto a outros trabalhos artesanais.

No museu também funciona uma Exposição permanente com cerca de 1400 artigos feitos por artesão de todo o Brasil .
Vale a pena uma visita, são três andares de pura magia.
Uma pequena mostra AQUI.


"As coisas de que a criança gosta permanecem no reino do coração até a velhice.
A mais bela coisa da vida é nossa alma permanecer esvoaçante nos lugares onde outrora brincávamos."
(Kallil Gibran)

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domingo, 1 de janeiro de 2012

Objetos de Valor

De Chocolate o Amor é feito... cho, cho, chocolate, bate o meu Coração!

Meu Coração palpitante... brincos iguais ao colar...

Miau, miau, miau chegou o trio de gatos... Lindos!

Tomando um banho cheiroso meu bem...

Bonito assim, veio em papel de seda, toalha bordada na mesa à luz das velas do Coração...


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