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domingo, 24 de julho de 2011

Balanço de Aniversário


Olho pela janela, o céu está nublado e o um vento leve passeia por entre as árvores.
Aqui e lá fora, a vida nada tem de artifícios ou de perdida, é real, impaciente, ardente de desejos, e consiste em estar viva.
Tudo o que a gente vive vai sendo guardado num baú mágico e imenso – a nossa memória – e a gente vai mergulhando numa viagem pelo tempo, alcançando o momento num claro labirinto, desfrutando a alegria de nele estar presente. E as lembranças vão surgindo como as flores de um grande ipê, colorindo de rosa o chão da nossa mente...
A casa com o portão sempre aberto, escancarado para a vida; o jardim, com sol ou com chuva com seus canteiros floridos. De dia o cheiro das rosas, de noite o embriagante cheiro da dama-da-noite e o suave aroma do jasmim...
Era uma vida feita de horas eternas... Nuvens de carneirinhos, bolhas de sabão, pipas, bolas de gude e brincadeiras de roda...
Toalhas bordadas forrando a mesa para o lanche, às três da tarde. Mingau de aveia Quarker, broinhas de coco, bolo de milho, café com leite...
Histórias à beira da cama, e a nossa mãe nos olhando, sorrindo...
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Sabe quando a gente fica imaginando como as coisas serão?
O tempo vai passando, se esticando. E de repente chega um momento em que se toma consciência do que a gente é, do que a gente viveu.
E saber que valeu a pena.
Aceitar naturalmente as perdas, conquistando maior paz, sentir-se mais consciente, mais verdadeira, inteira, mais sensível ao real.
E saber-se capaz de aceitar as mudanças do corpo, as gordurinhas extras, as estrias do “estica-encolhe”, e saber se orgulhar delas, pois são marcas da vida.
Aprendi, hoje sei, a tornar mágico o momento. Descer, subir... vencer batalhas, mesmo quando as perdendo.
E saber que, na verdade, tempo haverá para muitas outras coisas: tempo para o amor, tempo para os amigos e tempo ainda para uma centena de indecisões.
E saber-se fonte de pura energia, capaz de olhar para frente, para o futuro, batalhar para alcançar a vida, renascer a cada dia... e amar sempre.


FOTO: A Natureza me deu de presente a visão dessas flores do Ipê, que sempre teima em dar flores no inverno, e este ano, em particular, ela escolheu a semana do meu Aniversário.
Mais fotos deste Ipê AQUI.


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domingo, 10 de julho de 2011

Cartão de Amizade


Um lindo cartão para comemorar os quatrocentos seguidores da Lúcia

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Corujinha do tempo


Todo mundo já conhece o galinho do tempo. É aquele galinho revestido de um material que vai mudando de cor conforme a umidade do ar.

Técnica desenvolvida por nossos irmãos portugueses.
Quando o ar tem muita umidade ele fica rosa e quando tem baixa umidade ele fica azul.

Isto se deve ao cloreto de cobalto II, um sal de cor azul que se hidrata facilmente, passando a cloreto de cobalto II dihidratado, de cor rosa. Enfeites como “galinhos”, “gatinhos”, "corujinhas" e outros bibelôs são recobertos com esse sal e mudam de cor em função da umidade do ar.
Este sal é muito usado em laboratórios, em estufas de secagem de alguns materiais. Também muito usado para se obter flores desidratadas e, na espionagem, já foi muito usado em tintas de canetas que escondiam mensagens secretas que só eram possíveis de ler quando se submetia o papel a uma secagem, mas hoje todo mundo já sabe disso e não se usa mais em espionagem (rsss).

Esta corujinha do tempo eu ganhei de uma amiga, e com certeza é uma coruja portuguesa.

Esta minha coruja do tempo ultimamente anda se vestindo de cor de rosa, mas hoje ela decidiu mudar de roupa, ela está usando um lilás quase azul. Isto é sinal de que o tempo está mais pra seco, com menos umidade no ar. Mas por aqui, no Rio essas corujinhas não se decidem, ora veste rosa, orar veste azul.

Gosto muito de cor de rosa, mas nestes dias de inverno fico torcendo pra coruja vestir azul.

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